quinta-feira, 26 de maio de 2011

Convite: Caligrafia e outros detalhes que fazem a diferença!




Depois que o convite estiver pronto da maneira que você imaginou, chegou a hora de pensar nos detalhes e da entrega propriamente dita. Para não haver atrasos, a entrega deve ser feita, no mínimo 30 dias antes da festa, para que seus convidados possam se organizar e para que tudo corra bem. O ideal é ter entre 45 e 60 dias para evitar qualquer problema. Por isso, os convites devem ir para o calígrafo, em média, três meses antes da data marcada para o evento.

ESCOLHA SEU ESTILO




A primeira providência é escolher o calígrafo para realizar o trabalho. É importante falar com o profissional com antecedência, pedir amostras de caligrafia (para você escolher o que é mais adequado para o convite), conversar sobre prazos e preços. Hoje em dia, os calígrafos além de personalizarem os envelopes, oferecem outros serviços: colocam os convites no plástico, fecham com lacres (simples ou personalizados), R.S.V. P e alguns até tem serviço de entrega. Quando escolher quem vai fazer o trabalho para você, leve isto em conta também. Os preços variam. Pergunte tudo antes.

DICA DA ESPECIALISTA




Os envelopes dos convites com linguagem mais informal podem ter os nomes dos convidados subscritos com letra de forma, cursiva simples, ou até mesmo feita por você mesma, se tiver uma boa letra. Hoje já se existem muitos tipos de tinta e de canetas (além dos tinteiros) já conhecidas, ou das penas próprias para isto.

NOME CERTO, CONVIDADO FELIZ




O próximo passo é ter a lista de convidados impressa e checada a grafia dos nomes correta para não passar por nenhuma saia justa (anotações feitas à mão podem dar margem ao erro de caligrafia e nomes) e mandar para o calígrafo subscritar os envelopes. O trabalho do calígrafo é personalizar os convites, da maneira que combine com o convite. Preste atenção que o tipo de letra escolhido para a caligrafia deve ter o mesmo tipo de linguagem que a arte escolhida para o convite: os mais formais podem ter letras góticas, cursivas, ronde francesa que são mais trabalhadas.

DÚVIDAS QUE TODO MUNDO TEM




Calígrafo decidido, agora resta uma dúvida: como se endereçar aos convidados no envelope?

Como isso é uma coisa pessoal, e que varia de acordo com cada tipo de arranjo, pode-se colocar os nomes das pessoas, se o evento for informal, mas se for formal, com convidados que necessitam de títulos, existem pequenas regras que podem ajudar:

Pessoas que moram juntas (não casadas oficialmente) - Nome da mulher e Nome do homem (ou mandar convites separados, dependendo da proximidade que você tiver deste casal)

Casal cuja mulher manteve o nome de solteira – Sra. Fulana de Tal e Sr. Fulano de Tal (o nome do homem virá em primeiro lugar se ele tiver um título profissional ou se a mulher usar o nome de solteira apenas profissionalmente - ver acima).

CASAIS




Casal sem filhos - Sr. E Sra. Fulano de Tal

Casal com filhos solteiros - Sr. Fulano de Tal e família

Casal com filhos casados - Mandar convites para casa de cada casal: pais em seu endereço e filhos casados em suas próprias casas.

NAMORADOS




Namorados ou Noivos - Fulano de Tal, Fulana de Tal - Sem a conjunção "e". Coloque os dois nomes no mesmo envelope, ou mande convites separados.

CASOS ESPECIAIS




Viúvo(a) - Nome do convidado(a) e família

Sr. + nome do homem e filhos, Sra. + nome do homem e filhos (a mulher cujo marido morreu não muda de nome, endereçar um convite com o nome da mulher indica que ela é divorciada)

Empresas - Aos funcionários do setor... ou o convite para os colegas do trabalho poderá ser enviado individualmente ou se preferir, anexar em algum mural de notícias da empresa.

Pessoa que mora sozinha - Sra. nome da pessoa + fulana – pessoa que acompanha a pessoa. Obs.: o nome do acompanhante não precisa ser completo.

Títulos Formais:

Dr. - Cria formalidade. Usar Dr. somente quando for algo profissional.

Familiares - Parentes (avós, tios, primos) - Nomes das pessoas

LACRES




Feita a caligrafia, é hora de decidir o lacre para fechar os envelopes.
Antigamente, os lacres eram usados para que as cartas não fossem violadas, hoje em dia, dão um toque final na apresentação dos convites em geral.
Como existem vários modelos, a escolha depende do resto da linguagem do convite, à escolha: papel adesivo em cores diversas, formatos de bolinhas e pequenas bolinhas coloridas, fitas com laço, bolinhas adesivas transparentes, elásticos e cera. As de cera podem ter impressão: a flor de lis ou algum símbolo que signifique algo para você.

DICAS QUE VALEM A PENA LEMBRAR




1. Na hora de colocar os convites no envelope, coloque primeiro a parte de baixo do convite no envelope com a face impressa para cima, para que quando o convite seja aberto, o lado impresso seja o primeiro a ser visualizado.

2. Mande para o calígrafo 15% a mais de envelopes porque erros acontecem e se não houver envelopes para refazer algum deslize, ou um convite de última hora.

3. Se você incluiu um cartão R.S.V.P., deve colocar junto um selo no envelope, para o seu reenvio. Este cartão deve ser colocado no envelope em primeiro lugar, antes de ser colocado o convite, para que o convite seja visto antes do cartão de resposta, pois isto pode criar confusão entre os convidados.

4. Além de subscritar os envelopes, os calígrafos podem fazer os menus das mesas, os placemants (marcadores de lugar nas mesas), o menu musical da festa, os cardápios da recepção, criando uma festa única.

5. Hoje em dia, o uso de do tratamento Ilustríssimo e Excelentíssimo (por extenso ou abreviado), está fora de uso, exceto em casos excepcionais e quando exigem o protocolo, tratamentos determinados em portarias. O mesmo se passa com o tratamento muito formal com pessoas ligadas a Igreja. Um bom calígrafo sabe quando e como usar. Na dúvida, pergunte ao profissional.



PS: O que significa R.S.V.P.?




R.S.V.P. vem do francês: "répondez s`il vous plait", que significa "responda, por favor". A pessoa que enviou o convite deseja saber se você vai aceitá-lo ou não, ou seja, ela quer saber se você vai comparecer ao evento. A regra de etiqueta seguida na maioria das culturas ocidentais diz que ao receber um convite formal por escrito, você deve responder imediatamente, se possível no mesmo dia. Do ponto de vista prático, este procedimento é muito importante para anfitriões que estão planejando um jantar, um festa ou uma recepção, pois precisam saber quantas pessoas estarão presentes e a quantidade de comida e bebida que devem providenciar. Ainda mais importante é a delicadeza de responder a alguém que foi tão gentil em convidá-lo, mesmo que seja só para pedir desculpas pelo não comparecimento ao evento.
Alguns convites já vêm com um cartão de resposta, que você pode enviar de volta assim que recebê-lo. Outros vêm com o número de telefone do anfitrião para que você possa telefonar dando sua resposta, embora a etiqueta diga que um convite por escrito requeira uma resposta também por escrito. Atualmente, os convites costumam vir com uma anotação no final indicando que você só deve responder caso não possa comparecer ao evento. Isso significa que ele conta com sua presença, a menos que você o informe o contrário. Algumas pessoas usam a sigla "R.S.V.P." como um verbo, como em "Você RSVPou o convite?"
Você deve estar se perguntando por qual motivo usam-se as iniciais de uma frase em francês em um convite escrito em outro idioma. Você poderia dizer que os franceses "inventaram" a etiqueta, embora isso fosse simplista, uma vez que regras de etiqueta sempre existiram nas civilizações. Na verdade, um diplomata italiano, Conte Baldassare Castiglione, escreveu o primeiro livro sobre comportamento adequado entre a nobreza no século XVI. No entanto, muitas das práticas de etiqueta ocidental vêm da corte francesa do Rei Luís XIV no final do século XVII e início do XVIII. Em Versailles, seu palácio, Luís XIV mantinha regras de comportamento para a corte escritas no que os franceses chamavam de "bilhetes" ou "etiquetas". Os bilhetes eram cartazes fixados nas paredes do palácio ou convites para eventos da corte com as regras de comportamento impressas no verso. Especialistas contam diferentes versões para a origem disso. Além disso, o francês era a língua do refinamento e da alta sociedade no século XIX nos Estados Unidos. Judith Martin, autora de livros de etiqueta e colunista de um jornal, conhecida como "Srta. Boas Maneiras" acha que "R.S.V.P." é uma forma educada de lembrar as pessoas de algo que já deveriam saber: Ao receber um convite, devemos dar um retorno.

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